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Congresso da Brigada Militar reforça os temas da saúde mental à violação aos direitos humanos

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Juíza de Direito do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, Flávia Monteiro
Juíza de Direito do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, Flávia Monteiro - Foto: Sd Lucas Oliveira

A programação do 3º Congresso Internacional de Polícia Judiciária Militar da Brigada Militar também contemplou temas como saúde mental e violência familiar e doméstica. Promovido pela Corregedoria-Geral da Brigada Militar, aconteceu em Gramado, na quinta-feira (22/05) e sexta-feira (23/05) 

O tenente-coronel da Polícia Militar da Bahia, Sérgio Malvar Costa, apresentou a experiência do Programa Anjos da Brigada Militar e o Programa Sentinela do seu estado. Através deste programa, os policiais militares têm a oportunidade de envolverem-se em atividades permanentes de promoção à saúde e prevenção de agravos, melhorando assim a qualidade de vida e garantindo uma efetiva saúde mental.  

O capitão médico Thiago Fernando Vasconcelos Freire do Departamento de Saúde da Brigada Militar apresentou o contexto da saúde mental na sociedade e em relação aos profissionais da segurança pública no âmbito do Programa Anjos no RS. Explicou que os fatores de estresse associados à função de policial militar são múltiplos, como o risco à integridade física de terceiros e à própria até ao permanente estado de prontidão e equilíbrio emocional exigido nas situações de risco iminente. As ações institucionais incluem a intervenção após o evento traumático, a inclusão de aulas e de disciplinas de saúde mental em cursos de formação e aperfeiçoamento, ampliação da rede de atendimento em saúde mental, entre outros. Além disso, o programa disponibiliza o pronto atendimento “Anjos 24h”, realizado remotamente através de militares capacitados. Criado em 2023, mais de 500 policiais militares já participaram do programa, sendo a maioria membros da ativa, principalmente devido angústia e ansiedade.  

Atuação de excelência  

A juíza de Direito do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, Flávia Monteiro, evidenciou a relevância da Brigada Militar gaúcha no enfrentamento e na prevenção aos casos de violência doméstica e familiar no Estado. Abordou o papel estratégico da instituição que é, segundo ela, a primeira a dar uma resposta à vítima e a proporcionar o acolhimento. Além disso, é o Programa Patrulha Maria da Penha criado em 2012 e referência para outros estados, que encaminha a vítima para a rede de proteção. “A metodologia que instituiu é compatível com o que diz a Lei 11.340.  São 62 unidades em 114 municípios, o que me orgulha muito em saber que está dando super certo,” disse.  

A juíza Flávia pontuou que a violência doméstica é uma forma de violação de direitos humanos. Sendo que, majoritariamente no Brasil, atinge meninas e mulheres negras e em vulnerabilidade social. Outro desafio a ser superado é a baixa notificação dos casos e a interrupção da espiral de violência doméstica. Reforçou a necessidade da formação contínua com ênfase no aprendizado de uma escuta qualificada e de um diálogo interinstitucional para a proteção das vítimas e o exercício dos direitos humanos. 

Continue a leitura na terceira notícia sobre o 3º Congresso Internacional de Polícia Judiciária Militar, com o tema da experiência internacional através das polícias militares de Portugal e do Uruguai.  

Os links de transmissão das palestras seguem disponíveis no canal da Brigada Militar no Youtube: https://www.youtube.com/live/oklqtfcns0g 

 

Texto: jornalistas Eliege Fante e Jhandrei Nunes - servidores civis/PM5/Brigada Militar 

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